segunda-feira, 12 de março de 2012

Marcar Paços

 Não marcou passo o Benfica na sua difícil deslocação à Mata Real, 'quintal' por tradição e condição bem complicado para quem quer que até lá vá defrontar a equipa local. Ontem, uma vez que era desafio transmitido em 'canal aberto' (vulgo, TVI) e pela coincidência temporal com a janta caseira, tive oportunidade de ver  a maior parte do jogo, apreciando uma grande exibição dos homens da casa, essencialmente até ao momento que me faz produzir estas parcas linhas comentadoras. Isto porque, note-se, p'la imprensa em linha de 'referência' (além dos 3 grandes com suporte em papel - A Bola, Record e O Jogo, destaco o MaisFutebol e o ZeroZero), em que não raro se aponta este ou aquele 'momento do jogo', este não coincide com o que Vos trago. A título de exemplo (o contraditório, né?), para O Jogo, o momento em questão deu-se p'lo minuto 63, em que o Benfica empata o jogo, sendo que para o MaisFutebol tal momento operou-e adiante, no minuto 69, em que o Benfica faz o 1-2.
É meu entender, porém que o momento do jogo se deu uns furos antes dos pareceres da especialidade, sendo de sublinhar, novamente a título exemplar, que no 'relato' ao vivo do Record e também no ZeroZero Live, este se compreende num hiato, respectivamente entre os minutos 59 ("Alvarez e Michel falham duas excelentes ocasiões para o 2-0, depois de Melgarejo voltar a "destruir" a defesa encarnada") e 63 (golo de Gaitán) - e os minutos 60 (Benfica ainda não rematou nesta 2ª parte!!!) e 63 ("GOLO Benfica: Nico Gaitán marca!").
Entonces, do que falo eu senão do evento decorrido ao minuto 60?




Após um quarto de hora de grande nível, em que o Paços por mais que uma vez esteve perto de dilatar a vantagem, Bruno César agride um adversário com uma pisadela monumental (ou inadvertida mas objectivamente pisa um adversário), ficando por mostrar, consoante a interpretação, uma cartolina encarnada, ou amarela, que seria a segunda. De qualquer das formas, Bruno César, que adiante se revelará decisivo batendo o livre que deu o golo da vitória aos forasteiros, já não deveria estar em campo. Imediatamente a seguir a este lance, que passou despercebido ao trio de arbitragem, Jorge Jesus chama o seu jogador e algo lhe diz, talvez para estar quieto com as patas e que jogue à bola. Funcionou, pois. Pena é que o angélico em questão, Chuta-Chuta de alcunha, tenha tido a distinta lata de dar bitaites sobre um penalty alegadamente sofrido por si (não digo se foi ou não, foi lance que não vi - e para o caso não interessa), com todo o ar de virgem ofendida - e que nenhum jornalista o tenha confrontado com a contundência merecida.

Moral da história: jornalismos medíocres, arbitragens menos conseguidas, 'pequenos' sistematicamente espoliados - e campeonato ao rubro, em todas as frentes.