sábado, 31 de dezembro de 2011

Os Campeões de 2011

FC BARCELONA

Mais um ano glorioso para a equipa catalã que, na liderança de Guardiola, raramente perdeu uma competição. Este ano não foi exceção, com os blaugrana a conquistarem tudo o que havia para ganhar (Liga Espanhola, Champions League, Supertaça Europeia, Supertaça de Espanha e Mundial de Clubes), menos a Taça do Rei, arrebatada por um Real Madrid de orgulho ferido e num jogo de grande sacrifício, resolvido apenas com a magia de CR7 no prolongamento. Nem isso nem o facto de o Real terminar o ano ainda no 1º lugar do campeonato podem servir para ensombrar um facto de que pouco duvidam: o Barça é a melhor equipa do Mundo na actualidade e continuará a ganhar troféus!

FC PORTO

A pobre campanha do FC Porto na presente edição da Champions não chega para eclipsar o facto de que 2011 foi mais uma página de ouro do clube azul e branco. Além das conquistas do campeonato invicto, Taça d e Portugal, Liga Europa e Supertaça portuguesa, 2011 fica também marcado por ser o ano em que o Estádio da Luz se transformou no salão de festas dos Dragões. No espaço de duas semanas, os azuis e brancos deslocaram-se duas vezes a Lisboa, para se sagrarem campeões, de forma categórica, e para efectuar uma das mais notáveis reviravoltas da história da Taça, provocando um verdadeiro apagão da Luz (literalmente). A nível interno, o Porto apenas não venceu a Taça da Liga, competição sempre encarada como secundária pelos dirigentes portistas e somaram ainda o feito de não perderem um único jogo para a Liga ao longo deste ano. Fora do futebol, destaque ainda para as conquistas dos campeonatos de hóquei em patins (decacampeonato), andebol e basquetebol.

DALLAS MAVERICKS

Quem não assistiu aos Play-offs da NBA pode ter ficado surpreendido ao ter conhecimento do vencedor do campeonato de 2011. Os favoritos, se estavam no Texas, eram os Spurs, depois do excelente registo na fase regular. Na primeira linha de candidatos apareciam ainda os campeões da fase regular, os surpreendentes Chicago Bulls, liderados pelo miúdo maravilha Derrick Rose – que registe-se, é apenas o segundo jogador da história do clube a conquistar o título de MVP da fase regular (e vocês sabem quem foi o outro…), tendo-se tornado também no jogador mais jovem de sempre a consegui-lo – os campeões Lakers, ainda na liderança sólida de Kobe, os novos-ricos de Miami, com o seu Big Three (Lebron, Wade e Bosh) e o velhinho trio de Boston, com Garnett, Pierce e Ray Allen, apoiados pelo irreverente Rondo. Com tamanho lote de super-estrelas, poucos se lembravam de Dirk Nowitzki, Jason Terry ou Jason Kidd, três veteranos que nunca antes haviam logrado um título, nem nos seus tempos áureos. Mas, os guerreiros nunca desistem! E foi assim com os Mavericks, que fizeram uns Play-offs simplesmente brilhantes e sempre acompanhados por um magnífico esforço coletivo, demonstrando que, mesmo na NBA, não são só as super-estrelas que ganham títulos, mas sim as equipas que funcionam como tal.

NOVAK DJOKOVIC

Quando se esperava mais um ano de intensa luta entre aqueles que são, por muitos, apontados como os dois maiores tenistas de sempre, Rafa Nada e Roger Federer, eis que surge um terceiro elemento a intrometer-se nesta luta. Bem, na verdade, ao longo de 2011, Djokovic não chegou a intrometer-se na luta dos dois campeões; em vez disso, ele dominou a época do princípio ao fim, deixando os dois rivais a léguas de distância e terminando o ano largamente destacado como líder do ATP. Novak começou a época de forma triunfante, com a vitória no Grand Slam da Austrália. Depois, seguiu-se uma temporada quase perfeita na terra batida, atingindo o sérvio as 43 vitórias consecutivas, série que foi apenas interrompida nas meias-finais de Roland Garros por um inspirado Federer que não foi, apesar dessa grande vitória, capaz de derrotar Nadal na final de Paris. Apesar do desaire no seu piso de eleição, Novak deu a volta por cima e arrancou para uma fantástica segunda parte da temporada, arrebatando mais dois Grand Slams, o de Wimbledon e o dos Estados Unidos.

CADEL EVANS

Outro dos surpreendentes campeões de 2011 foi indubitavelmente o australiano Cadel Evans, vencedor do Tour de France. Depois de uma participação demolidora no Giro de Itália, esperava-se que Alberto Contador continuasse o seu reinado na principal prova velocipédica mundial, sendo que a principal ameaça parecia vir dos irmãos Shleck, até pelas várias chegadas em alta montanha que o Tour apresentava. Cedo se percebeu que Contador, após o desgaste da prova italiana, dificilmente entraria nas contas pela vitória final. Porém, logo após as primeiras grandes dificuldades, Andy Shleck começou a tornar-se quase no único candidato à vitória, exibindo um à vontade na alta montanha que nenhum dos outros contendores parecia ter. Porém, a resistência veio de onde menos se esperava. Evans, o australiano de 34 anos, sem capacidade explosiva para lançar ataques na alta montanha, conseguia, ainda assim, aguentar os ataques contínuos dos irmãos Shleck, muitas vezes arrastando sozinho o grupo de perseguidores. A sua resiliência foi premiada da melhor forma, com o justo título confirmado no contra-relógio, onde fez pagar aos irmãos luxemburgueses o tempo que estes não conseguiram retirar-lhe no seu terreno.

ALL- BLACKS

Apesar de ser dominadora no Torneio das 3 Nações e de ter vencido a primeira Taça do Mundo, disputando a final em casa, a Seleção da Nova Zelândia de rugby tinha sido ultrapassada em número de títulos mundiais pelos rivais da Austrália e da África do Sul, ambos com duas Taças do Mundo. Este ano, novamente a jogar em casa, os kiwis não desperdiçaram a hipótese de conquistar o seu segundo troféu mundial, dominando a competição do princípio ao fim. Depois de passearem classe até à final, os All-Blacks acabaram por sofrer alguns calafrios contra a França, vencendo apenas por 8-7. O capitão Piri Weepu, sentindo o peso da responsabilidade, ilustrou a tremideira que se apoderou da equipa no jogo decisivo, perante o seu público, falhando várias conversões e penalidades que poderiam ter dado outro relevo ao resultado. Porém, a vitória final acabou por ser incontestável, tendo os neo-zelandeses provado uma vez mais que são a melhor equipa de rugby do planeta. Porém, uma questão continua por responder: serão os All-Blacks capazes de conquistar um título mundial fora do seu país?