segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A solução estava no banco!

Enquanto aguardo por algum comentário sobre o "Derby" alfacinha da parte dos adeptos dos clubes envolvidos (que são a esmagadora maioria dos contribuintes deste blogue, diga-se!), vou abster-me de comentar o referido jogo. Hoje quero apenas destacar a publicidade do Banif sobre as soluções e o banco, metáfora que pode aplicar-se na perfeição à aparente "retoma" do FC Porto nos últimos dois jogos (relembrando: vitória imperativa em Donetsk (0-2) e exigida no Dragão, face a um descomplexado e corajoso Braga (3-2)). Pois é, pelos vistos, a solução estava mesmo no banco, à vista de todos pelo menos desde o jogo com o Feirense, mas só agora vista pelo adjunto-que-faz-de-treinador. É claro que não refiro à disparatada opção por Maicon a defesa-direito tendo disponível um DD de raíz, nem à inclusão no 11 de um esforçado Djalma, que corre e luta muito, mas que, à semelhança do seu Mister, tem o toque de Midas ao contrário... e muita falta de qualidade de jogo. Não. A solução era outra e já tinha aqui falado nela: Defour. O box-to-box belga é claramente, desde Setembro, pelo menos, o médio em melhor forma na equipa do Porto e não se compreende como só agora foi promovido à titularidade. Face a um Guarín de bunda pesada e a pensar nas pastas italianas e a um desinspirado Belluschi, Defour apresenta-se como um motor Ferrari face a um motor Fiat 600. A "subida de forma" de João Moutinho nos últimos dois jogos não é mera coincidência. Defour é o elo de ligação que faltava entre os setores, oferecendo continuidade a uma equipa que até agora jogava partida e distante... pelo meio, um desamparado Moutinho procurava estar em todo o lado e não conseguia estar em lado nenhum, enquanto Fernando era o já habitual pronto-socorro, mas destinado a missões meramente defensivas. Defour é claramente o parceiro certo para Moutinho na definição e construção do jogo coletivo da equipa. E, juntos, poderão fazer uma dupla de sucesso, superior até às alternativas existentes na época passada. De resto, Hulk a ponta-de-lança continua a ser uma má opção, mas vai disfarçando alguma carência ofensiva, à falta de melhor. Esse aspeto tem de ser corrigido, necessariamente, em Janeiro... e já vai muito tarde! Djalma pode ser a nova mascote de VP, mas parece-me claramente que Christian Rodriguez merece mais oportunidades na equipa, entregando-se ao jogo como ninguém, sendo provavelmente o jogador portista que mais agressividade coloca na disputa pela posse de bola e com uma qualidade técnica bem superior à do angolano. Pois é, termina contrato esta época... provavelmente há ordens do Pintinho para não jogar! Mas, cá para mim, essa é outra boa solução que está no banco, por isso, renovem o contrato ao rapaz e deixem o Cebola jogar!