sábado, 21 de janeiro de 2012

10, Pablo Aimar

Camaradas.
Faço finalmente a minha primeira aparição no antibolismo, sem deixar de reconhecer que esta peca por tardia. Já muita coisa foi dita (e bem) e outra tanta ficou por dizer.

Como nota introdutória e descontextualizada para quase todos, dizer o seguinte: Pablo Aimar.

É verdade.
Falar sobre PABLITO é a minha primeira incursão sobre uma espécie em vias de extinção. O número 10 no futebol moderno. O puro 10, o cérebro, a cabeça, a técnica, a assistência, o drible, o comandante, o maestro, a magia e claro, o mito.

A magia do futebol está desde os seus primórdios associada ao número 10. O seu perfume normalmente sai dos pés de jogadores como Aimar. O talento destes jogadores é fulcral para o povão ir ver a bola. E neste caso encher o Estádio da Luz.
No caso de Pablo Aimar, Rui Costa foi buscá-lo ao Real Zaragoza em Julho de 2008. Era a passagem da batuta a ser feita simbolicamente pelo Maestro. E essa batuta ganha ainda mais importância quando é segura pelo novo camisola 10 do Benfica. Porque é única e porque Aimar é uma raridade.

É um jogador que pode jogar em qualquer equipa do mundo, porque ele sabe jogar como e com qualquer grande jogador. Ele assume o jogo, não se esconde, tem futebol nos pés e na cabeça, tem vontade de jogar e faz a diferença com o pormenor. Com o requinte. Como um regalo.

A ideia essencial e para discussão, é que o futebol não precisa do box-to-box moderno, do novo 8, do pau para toda a obra, do carregador de piano que às vezes também mete as unhas nas teclas.
Precisa isso sim, do número 10, do playmaker à antiga, de Pablo Aimar, el payaso.